quarta-feira, 18 de abril de 2012

Banco Central reduz taxa de juros para 9% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira a redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic. Com a decisão, a taxa caiu para 9% ao ano. Esta é a menor taxa de juros registrada em dois anos, desde abril de 2010, quando estava em 9,5%. A decisão de reduzir 0,75 ponto percentual foi unânime no comitê, que justificou o corte citando a "fragilidade da economia global". "O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária. Diante disso, dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 9% ao ano, sem viés", disse o comunicado divulgado logo após a reunião. A redução nos juros representou o sexto corte consecutivo e segue as indicações dadas pelo próprio Copom em suas duas últimas atas, quando a autoridade monetária afirmou que a taxa apontava para uma "elevada probabilidade" de se deslocar e se estabilizar no patamar "ligeiramente acima dos mínimos históricos", registrados em 2009, quando a Selic chegou a 8,75%. Como o cenário econômico já apontava para mais uma queda na taxa, o mercado tenta descobrir agora qual a sinalização para o futuro: se os juros continuam caindo, se serão mantidos neste patamar ou se devem iniciar um movimento de alta (caso possível se inflação voltar a subir). Nesta semana, o Banco Central divulgou um indicador que funciona como uma prévia do PIB, que mostrou uma segunda queda mensal no nível da atividade, de 0,23% em fevereiro, após recuo de 0,13% em janeiro. A inflação caiu cerca de 2 pontos percentuais de setembro a março, quando passou de 7,3% para 5,2% (referente ao índice acumulado dos 12 meses anteriores). A redução da inflação agrada ao governo, que trabalha para reduzir os preços ao consumidor e estimular a demanda interna para não ficar dependente de exportações para um mundo em crise econômica.

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