quinta-feira, 19 de abril de 2012

Bens de ex-presidente da Câmara de Curitiba são bloqueados

A Justiça do Paraná determinou na quarta-feira a indisponibilidade dos bens do ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB). O bloqueio atinge R$ 1,6 milhão em bens do vereador, que é suspeito de participação em um esquema de contratação de cinco funcionários fantasmas que custou R$ 2,5 milhões para os cofres públicos entre 1997 e 2007. Também foram bloqueados cerca de R$ 6,5 milhões em bens do ex-vereador Ehden Abib e R$ 2,7 milhões do servidor público João Leal de Matos. O bloqueio atende a um pedido do Ministério Público do Paraná, que além de pedir a devolução dos R$ 2,5 milhões quer a condenação dos três suspeitos por ato de improbidade administrativa. A parte que a Promotoria quer que Derosso devolva passa de R$ 545 mil. Corrigido, o valor total a ser devolvido pelos três, somado à multa prevista nesses casos, pode passar de R$ 11 milhões. Durante as investigações do caso, a Promotoria descobriu que quatro dos cinco funcionários fantasmas não sabiam que seus nomes haviam sido usados em contratações na Câmara. Já o servidor João Leal de Matos ficou lotado no gabinete do ex-vereador Ehden Abib por sete anos, enquanto acumulava um cargo na Assembleia Legislativa do Paraná, o que é proibido. Ehden Abib é irmão do ex-diretor da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho, que comandou a diretoria do legislativo paranaense por 20 anos. Atualmente Bibinho está preso por suspeita de liderar um esquema que desviou R$ 100 milhões por meio de funcionários fantasmas. Já Derosso é suspeito de ter assinado a contratação dos servidores da Câmara sabendo das irregularidades. O bloqueio não atinge o salário de Derosso, que continuou a ser vereador depois de renunciar à presidência da Câmara, em março. Derosso comandou a Câmara de Curitiba por mais de 14 anos.

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