sábado, 21 de abril de 2012

Chesf alocará R$ 444 milhões em novos sistemas de transmissão

A Chesf estima investir R$ 444 milhões nos empreendimentos de transmissão arrematados no leilão realizado na sexta-feira e uma taxa de retorno de dois dígitos, informou o diretor econômico-financeiro da empresa, Marcos Cerqueira. A empresa do grupo Eletrobras venceu três dos quatro lotes licitados, em um leilão sem grandes disputas, mas com deságio médio de 22,8%, e o diretor afirmou que a empresa já iniciará os trabalhos nos empreendimentos para evitar atrasos na entrada em operação. Dois dos três lotes arrematados pela Chesf, o B (no Rio Grande do Norte e Ceará) e o C (na Bahia), têm empreendimentos voltados para a conexão compartilhada de usinas eólicas (ICGs), tipos de instalações que a Chesf já arrematou em leilões passados e que estão com obras atrasadas. "As anteriores todas estão atrasadas... O único problema dos atrasos é ambiental", disse Cerqueira sobre as ICGs que a empresa está construindo no Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, algumas das quais deveriam entrar em operação já em meados deste ano e outras no ano que vem. Cerqueira disse que a empresa fará uma reunião com as geradoras que tem usinas eólicas que dependem das ICGs atrasadas, na próxima semana, para tentar mitigar os problemas de atraso. Segundo ele, algumas usinas eólicas também estão atrasadas e não somente as ICGs. Ele mencionou que a usina eólica Casa Nova, da Chesf, de cerca 180 MW, na Bahia, licitada em 2010, ainda não tem licença ambiental e vai atrasar. O parque teria que entrar em operação em 2013. "O que a gente vai fazer (para empreendimentos vencidos no leilão desta sexta-feira) é iniciar trabalhos que independem de outros", disse ao mencionar as atividades que não dependem da licença ambiental, como negociações fundiárias, por exemplo. Mas o diretor admitiu que os prazos estabelecidos para entrada em operação dos empreendimentos (de 20 meses no caso do leilão de sexta-feira) "são bastante apertados".

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