domingo, 15 de abril de 2012

Empresa britânica admite ter exportado lixo domiciliar ilegalmente para o Brasil

Uma companhia britânica admitiu na quinta-feira ter enviado ilegalmente ao Brasil 89 contêineres com mais de 15.000 toneladas de plástico que eram, na verdade, resíduos domésticos (lixo). Diante de um alto tribunal de Old Bailey, a empresa londrina Edwards Waste Paper declarou-se culpada de ter exportado dejetos, o que vai contra a legislação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Dois diretores da empresa, entre eles Simon Edwards, reconheceram também sua culpa e esperam agora a sentença do tribunal. Outros dois cidadãos, Julio da Costa e Juliano da Costa, acusados de ter concluído o envio para o Brasil, não se reconheceram culpados, e agora terão de se apresentar a julgamento a partir de outubro. As autoridades brasileiras descobriram a carga ilegal há três anos em um cais, e esta foi devolvida ao Reino Unido, onde foi desinfetada em Felixstowe, sudeste da Inglaterra. O Brasil recebe todo dia mais e 1.000 contêineres em seus portos contendo lixo domiciliar e inustrial de paises industrializados. Esse lixo é "importado" por traders brasileiros, e desovado em aterros sanitários nacionais. Como esses aterros precisam, em teoria, apresentar relatórios periódicos para os órgãos oficiais de controle do meio ambiente, daria para se saber o montante de lixo que entra ali. Enterrar lixo estrangeiro no Brasil é um grande negócio. O "importador" recebe o lixo, paga para um aterro, e está concluída sua tarefa, saindo com um grande lucro na operação. Mas, suspeita-se que os donos de aterros ganham duas vezes, cobrando do "importador" e das prefeituras que usam suas valas. Até hoje, em todo o Brasil, não houve uma única investigação sistemáticas desses aterros e das cargas nos portos. São milhões de toneladas de lixo domiciliar estrangeiro entrando no Brasil pelos portos, de forma clandestina e ilegal.

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