sexta-feira, 13 de abril de 2012

Justiça de São Paulo aceita denúncia contra 35 da máfia da merenda

A Justiça abriu ação penal contra 35 pessoas, entre elas 7 empresários e 20 executivos, acusados de conluio para fraudar licitações da merenda escolar em várias prefeituras do Estado, inclusive a de São Paulo. A "máfia da merenda", como foi chamado o grupo, é acusado pelo Ministério Público dos crimes de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Foram denunciados os empresários Eloízo Afonso Gomes Durães, da SP Alimentação; Valdomiro Francisco Coan e Geraldo João Coan, da J. Coan; Marco Aurélio Ribeiro da Costa, da Sistal; Sérgio de Nadai e Fabricio Arouca de Nadai, da Convida, e Ignácio de Moraes Junior, da Nutriplus. Além dos empresários e executivos, foram denunciados "testas de ferro" (quem empresta o nome para encobrir o de outro), dois advogados e o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Januário Montone. Ele é acusado de ter recebido R$ 600 mil de propina em 2007, quando era secretário de Gestão. A denúncia (acusação formal) do Ministério Público foi aceita nesta semana pelo juiz Lauro Mens de Mello, da 10ª Vara Criminal. Ele decretou o sigilo do processo e deu prazo de dez dias aos acusados para apresentarem sua defesa preliminar. O magistrado negou a prisão preventiva dos acusados e pediu à Promotoria mais detalhes antes de decidir sobre o pedido de bloqueio de patrimônio contra eles. A investigação do Ministério Público, que durou quase quatro anos, apontou que as empresas eram beneficiadas nas licitações e, em troca, pagavam uma porcentagem a funcionários municipais, além de emitir notas fiscais falsas.

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