domingo, 15 de abril de 2012

Morre o antropólogo Gilberto Velho no Rio de Janeiro

O antropólogo Gilberto Velho, de 66 anos, morreu na madrugada de sábado enquanto dormia, em seu apartamento, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Ele havia trabalhado normalmente até a tarde de sexta-feira. O corpo do antropólogo foi cremado neste domingo. Doutor em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Velho era o decano do Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ. Seu olhar sempre se voltou para temas da antropologia urbana e da sociedade. Em um de seus últimos textos, publicado no blog que mantinha, Velho discorre sobre a eficácia das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no combate à violência no Rio de Janeiro. "Até que ponto a presença das tropas pacificadoras, policiais e/ou das Forças Armadas, susta a violência? Certamente contém as suas manifestações mais evidentes, mas não tem condições de ir mais fundo, no enfrentamento de suas raízes. Só um projeto contínuo envolvendo, sobretudo, educação e trabalho, teria um potencial de, a longo prazo, superar a atração da criminalidade. Pois esta, não nos iludamos, é um modo de vida associado a aspirações, desejos e ambições, que correspondem a novos perfis e trajetórias sociais", escreveu ele.

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