domingo, 15 de abril de 2012

Nova droga consegue parar o desenvolvimento de tumores no cérebro e potencializar quimioterapia

Receber o diagnóstico de câncer no cérebro pode parecer uma sentença de morte, já que, normalmente, a doença é detectada em grau avançado e os tratamentos com quimioterapia e radioterapia são muito agressivos ao organismo. Uma das neoplasias cerebrais mais comuns é o glioma, que consiste em tumores nas glias, células do sistema nervoso central. Ela tem subtipos como o glioblastoma, que tem alto potencial de agressividade e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), deve afetar, somente neste ano, de 3 a 7,5 pessoas em cada 100 mil brasileiros. Pesquisadores desenvolveram uma droga que pode ajudar no tratamento desses pacientes, fazendo com que eles vivam por mais tempo e com mais qualidade. O composto se chama imipramine blue (IB) e tem como função impedir que as células tumorais se espalhem. A droga, que é aplicada na corrente sanguínea, age sobre a proteína celular actina, que ajuda a unidade do organismo a se mover. Se a célula cancerosa fica estacionada, sem invadir outras regiões, o tumor fica restrito a um local específico. Os testes, feitos em ratos, mostraram resultados positivos, incluindo o fato de que o novo medicamento não apresentou efeitos colaterais. Se a terapia apenas com o quimioterápico fez com que os animais sobrevivessem, em média, 44 dias, o tempo de vida deles foi multiplicado em quase cinco vezes com a associação da doxorrubicina com a IB.

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