terça-feira, 17 de abril de 2012

Presidente do PSDB quer investigar deputado federal comunista Protógenes Queiroz

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP) pode passar da condição de investigador a investigado. Isso porque o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PSDB/PE), decidiu protocolar representação contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Protógenes, que é delegado da Polícia Federal e foi responsável pela Operação Satiagraha (anulada na Justiça por ilegalidades insanáveis), se apresenta como paladino da ética e líder de uma cruzada contra a corrupção no Congresso. Mas, os tucanos, que já tiveram acesso ao material apreendido na Operação Monte Carlo, descobriram que Protógenes Queiroz tinha ligações estreitas com o bicheiro Carlos Cachoeira. O delegado chegou até a usar um dos aparelhos Nextel trazidos dos Estados Unidos pelo contraventor, assim como o senador Demóstenes Torres (sem partido/GO). Um celular, supostamente, imune a grampos. As primeiras ligações de Protógenes com o esquema de Carlos Cachoeira se tornaram públicas quando foram divulgados grampos entre o deputado e o sargento Idalberto Martins, o Dadá, pelo jornal Estado de S. Paulo. Nas conversas, Dadá dizia ser “muito amigo” de Protógenes e pedia para nomear amigos em seu gabinete. Protógenes justificou as ligações dizendo que Dadá era uma pessoa notória na comunidade de inteligência. Como Dadá recrutou arapongas que participaram da Operação Satiagraha, realizando grampos clandestinos contra políticos, juízes e jornalistas, a mesma acabou sendo anulada por decisão do Superior Tribunal de Justiça, mas ainda pode ser reaberta pelo Supremo Tribunal Federal.

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