domingo, 27 de maio de 2012

Analistas afirmam que consumo sustenta economia no início do ano

O consumo está sustentando a economia neste início de ano, dizem economistas. Mesmo com as famílias mais endividadas, o aumento da renda e a força do setor de serviços indicam que o consumo cresce. Deve ser a única notícia positiva em meio a uma atividade em ritmo lento. No primeiro trimestre, o consumo das famílias deve ter crescido, segundo estimativa da FGV (Fundação Getulio Vargas), 0,9% ante os últimos três meses do ano. O Itaú projeta alta de 1,2%. Expansão tão forte em um trimestre não se vê desde 2010. Mas o consumo não deve repetir o feito de 2009, quando ergueu a economia. Dessa vez, é preciso que os investimentos também cresçam. E aí está o desafio do governo. Parte do avanço acelerado que ocorreu em 2009 e 2010 se deveu ao aumento da ocupação formal, que possibilitou o incremento do crédito. O volume de empréstimos passou de 40% do PIB, em 2009, para 50% neste ano. Com as famílias mais endividadas, bens de venda a prazo, como automóveis, sentem a parada para readequação dos orçamentos. Vendas nos setores de supermercados, de vestuário e de serviços estão crescendo, assim como o consumo de energia elétrica. Segundo analistas, o consumo crescerá acima da média da economia. Na próxima sexta-feira, o IBGE divulgará os dados da atividade no primeiro trimestre. O resultado não será motivo de comemoração.

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