quinta-feira, 24 de maio de 2012

Anistia Internacional diz que governo Dilma decepciona em direitos humanos

O primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff foi uma decepção na área de direitos humanos, segundo um relatório da ONG Anistia Internacional, divulgado na sexta-feira. O documento chama a atenção tanto para tensões nas áreas rurais e deslocamentos de comunidades carentes para dar lugar às obras da Copa e Olimpíadas, quanto para o que chama de "discurso duplo" do Brasil no plano internacional. O especialista em Brasil da Anistia Internacional, Tim Cahill, explicou que o Brasil, apesar de avanços como a instalação da Comissão da Verdade e as iniciativas de combate à pobreza, tem um governo que deixou muito a desejar em diversas frentes relacionadas a proteção dos direitos humanos. "A violência no campo, por exemplo, sempre foi ligada a certos latifundiários e a ação de grupos ilegais. No último ano, não só esses problemas persistiram, como tivemos um aumento em um novo tipo de ameaças, associadas ao modelo de desenvolvimento econômico voltado para o crescimento, que é favorecido pelo governo". O relatório menciona a luta de comunidades indígenas para paralisar o projeto da usina de Belo Monte, no Pará, e critica a reação brasileira à decisão da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos, ligada a OEA, que pediu um adiamento do licenciamento da obra em abril do ano passado. Na ocasião, o Brasil chamou seu representante na OEA para consultas e retirou a candidatura do ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi a uma vaga na Comissão. Isso não é uma ong de direitos humanos, mais parece uma ong de interesses econômicos do primeiro mundo contra o terceiro mundo.

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