segunda-feira, 21 de maio de 2012

Após vereadores, Justiça manda prender prefeito de cidade de Alagoas

A Justiça de Alagoas decretou na tarde desta segunda-feira a prisão preventiva do prefeito de Rio Largo (24 km de Maceió), Antônio Lins de Souza Filho (PSB). Toninho Lins, como é conhecido, é acusado pelo Ministério Público de fraudar a venda de um terreno da prefeitura a uma empresa no final de 2010. A venda foi aprovada pela Câmara Municipal por unanimidade, o que fez a Justiça decretar também a prisão dos dez vereadores da cidade. Sete foram presos durante sessão na Câmara na última quinta-feira. Três estão foragidos. A prisão do prefeito foi decretada pelo desembargador Otávio Leão Praxedes, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas. O magistrado aceitou o pedido do Ministério Público "como forma de garantir a ordem pública, econômica, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal". De acordo com o relato de Praxedes, a prefeitura de Rio Largo desapropriou em 2010 uma área de 252,4 hectares da empresa S/A Leão Irmão Açúcar e Álcool, por R$ 700 mil. Em seguida, solicitou à Câmara aprovação para vender o terreno a "empresas que estivessem dispostas a realizar programas e ações habitacionais de interesse social". Segundo o Ministério Público, porém, a área foi vendida sem licitação à MSL Empreendimentos Imobiliários pelo mesmo valor da desapropriação (R$ 700 mil), quando, na verdade, valia cerca de R$ 22 milhões, e foi loteada para a construção de condomínios. Para o procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo Tavares, houve um acerto entre o prefeito, os vereadores, os antigos donos do terreno --que concordaram com o valor baixo da desapropriação-- e a empresa que comprou a área. "Cada um levaria uma parte", afirma Tavares.

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