terça-feira, 22 de maio de 2012

Cachoeira formaliza recusa para testemunhar em processo de Demóstenes

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, formalizou nesta terça-feira sua decisão de não prestar depoimento ao Conselho de Ética do Senado, marcado para esta quarta-feira. Em ofício encaminhado ao presidente do conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), a defesa de Cachoeira recusa o convite ao afirmar que suas declarações aos senadores "poderão repercutir na ação penal" que tramita na 11ª Vara de Justiça de Goiás contra o empresário. Pelo regimento do Senado, o conselho não tem poderes para convocar testemunhas, por isso terá que acatar a decisão de Cachoeira de recusar o depoimento. Com a decisão, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) fica sem o depoimento das duas testemunhas arroladas por sua defesa. O advogado Ruy Cruvinel, convidado por Demóstenes, também não compareceu nesta terça-feira ao conselho para depor. Valadares disse que a decisão de Cachoeira "é até melhor" para o Conselho de Ética neste momento, já que o empresário atendeu à convocação da CPI que investiga suas ações, mas se manteve calado durante todo o depoimento. "Do jeito que ele veio à CPI, é melhor mesmo não ir ao conselho", afirmou Valadares. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a falta dos depoimentos não vai prejudicar sua defesa. "O mais importante é o depoimento do senador, marcado para o dia 29. Nós arrolamos os dois como testemunhas, mas eles não são obrigados a vir. Para a defesa, o que mais importa é que o senador quer falar, vai ao conselho prestar os esclarecimentos aos seus pares", afirmou o advogado.

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