sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cachoeira será testemunha de defesa de Demóstenes

O Conselho de Ética do Senado aprovou na manhã desta quinta-feira, em votação simbólica, o pedido da defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) para que seja ouvido em depoimento o contraventor Carlinhos Cachoeira. Além do bicheiro, também integrará o rol de testemunhas de defesa do senador o advogado Ruy Cruvinel. O testemunho de Cachoeira será colhido às 14 horas do dia 23 de maio. O depoimento de Cruvinel foi agendado para o dia 22, às 9 horas. Ruy Cruvinel foi apontado como o autor de uma denúncia que associa Demóstenes Torres à cobrança de propina da máfia dos caça-níqueis. Ele nega ter dado qualquer depoimento que comprometesse o parlamentar. Demóstenes Torres foi denunciado no Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por haver indícios de que teria praticado os crimes de corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa. Na sessão de análise de requerimentos no Conselho de Ética, também foram aprovadas as oitivas dos delegados federais Raul Alexandre Marques Souza e Matheus Mela Rodrigues, dos procuradores Daniel Rezende Salgado e Léa Batista de Oliveira e do próprio Demóstenes Torres, agendado para o dia 28 de maio, às 18 horas. Na mesma sessão plenária, o Conselho de Ética ainda aprovou em bloco requerimentos para o compartilhamento das informações e conversas telefônicas feitas entre Cachoeira e Demóstenes por meio de aparelhos Nextel, que ambos acreditavam que não eram rastreáveis, e por telefones convencionais. Os senadores também pediram o registro de entrada de Cachoeira e do sargento Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, nas dependências do Senado, a relação de servidores que atuam no gabinete de Demóstenes Torres no Congresso e na liderança do Democratas, as prestações de contas do senador nas últimas três eleições, cópias das declarações de Imposto de Renda do parlamentar e de registros de uso de táxi aéreo. Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, o Conselho de Ética poderá ter acesso às informações sigilosas que estão sob responsabilidade da CPI do Cachoeira.

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