quarta-feira, 23 de maio de 2012

Defesa de Demóstenes estuda pedir perícia em áudios da Polícia Federal

A defesa do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) estuda recorrer ao Supremo Tribunal Federal para pedir que o Conselho de Ética do Senado autorize a realização de perícia em áudios da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que pretende pedir ao Supremo a perícia caso o conselho negue sua realização. "Eu tenho motivações jurídicas para ir ao Supremo. Mas tomo as minhas decisões consultando o senador Demóstenes. Vou ouvi-lo para decidir o que fazer. Sem o acesso à perícia, seria o caso de bater às portas do Supremo". O advogado afirma que houve manipulação nos áudios pela Polícia Federal, com trechos de gravações que fogem ao contexto, o que prejudica Demóstenes. "Nós ouvimos um perito que aponta irregularidades sérias nas gravações. Queremos que o conselho ouça um perito assistente", disse. A defesa tenta anular os áudios no Supremo ao afirmar que Demóstenes, por ter foro privilegiado, não poderia ter sido investigado pela Polícia Federal sem a autorização da Corte. "Eu tenho convicção de que vou ganhar no Supremo e anular as provas", disse Kakay. O conselho se reuniu na tarde desta quarta-feira por menos de 15 minutos, já que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recusou convite do colegiado para prestar depoimento. Cachoeira era uma das testemunhas arroladas pela defesa de Demóstenes e também tinha sido convidado a depor pelo relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE).

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