terça-feira, 29 de maio de 2012

Demóstenes cita Deus e diz que há campanha sistemática contra ele

Em depoimento no Conselho de Ética do Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse nesta terça-feira que enfrenta o "pior momento" da sua vida por ser vítima de uma "campanha sistemática orquestrada" para prejudicá-lo. O ex-líder do DEM afirmou que foi investigado injustamente pela Polícia Federal, reiterou que mantém apenas amizade com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e disse que "reencontrou Deus" em meio às acusações. "Eu só pude chegar aqui hoje porque quero dizer aos senhores que redescobri Deus. Parece um fato pequeno, mas acho que minha atuação era pautada mais pelos homens do que por Deus. Se eu cheguei aqui, foi porque readquiri a fé. Graças a Deus posso estar aqui para conversar com as senhoras e os senhores". Demóstenes disse que houve "vazamentos programáticos, programados e diferentes" com o objetivo de "enxovalhar" sua reputação. Ao alegar inocência, disse que "muita coisa que foi dita é desmentida pelos próprios autos" do inquérito da Polícia Federal. O senador rebateu acusação de que teria adquirido imóvel superior a R$ 1 milhão, o que demonstraria um patrimônio maior que o seu: "Até fevereiro deste ano eu morava na casa da minha enteada. Comprei um apartamento no ano passado no valor de R$ 1,2 milhões, R$ 400 mil pagos pela minha esposa e R$ 800 mil financiados pelo Banco do Brasil. Vou terminar de pagar a última prestação quando eu tiver 80 anos de idade". O senador disse que foi "vítima da maldade" em diversos momentos e não tinha conhecimento de irregularidades cometidas por Cachoeira. O senador disse que, desde o início da crise que envolve seu nome, entrou em depressão e toma remédios para dormir que não fazem efeito.

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