quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dificuldade é grande para Randon, Marcopolo e MWM International

Do site do jornalista Políbio Braga - Na sexta-feira, a CIC Caxias do Sul denunciou acelerado processo de desindustrialização no País. Carlos Heinen, o presidente, chegou a causar alarme entre seus colegas, ao falar no Fórum da Indústria: "O Rio Grande está à beira da falência". Desde o início de maio os sindicatos de trabalhadores da área metalúrgica de Caxias do Sul, principal pólo industrial do Rio Grande do Sul, vinham acumulando sinais de que os dois maiores grupos locais, a Randon e a Marcopolo, poderiam anunciar programas de férias coletivas, reduções de jornadas, demissões voluntárias e até demissões em massa. No dia 4 de maio, o editor passou as primeiras informações. O caso da Randon e da Marcopolo não são exclusivos de Caxias e do Rio Grande do Sul, porque todos os fabricantes de caminhões e de ônibus estão cortando produção e jornada. A Marcopolo não quer confirmar nada, mas Randon e MWM, esta de Canoas, confirmaram cortes de produção e de jornada. A Randon e a MWM concederam férias coletivas para não demitir 1.300 e 900 dos seus empregados, respectivamente. Nesta quarta-feira, a Mercedes-Benz anunciou que também faz ajustes na sua fábrica de São Bernardo do Campo. Em abril ela já tinha colocado 480 operários em licença remunerada. MAN, líder do mercado de caminhões com a marca Volkswagen, mais Scania e Volvo, reduziram a produção e usam alternativas mitigatórias para não demitir. O que ocorre é que no primeiro quadrimestre a produção de caminhões caiu 30,3% sobre igual período de 2011. No mesmo período, a produção de chassis para ônibus despencou 35%. A indústria alega que as mudanças na tecnologia de motores de caminhões e ônibus, este ano, encareceram o preço dos veículos em até 5%, mas sabe-se que o problema principal é a desindustrialização e a desaceleração da economia (o Banco Central admitiu, terça-feira, que o crescimento do PIB deste ano não chegará a 3%).

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