quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dívida líquida do setor público cai ao menor patamar da história do Banco Central

A dívida líquida do setor público encerrou o mês de maio no menor patamar desde 2001, início da série histórica realizada pelo Banco Central, em um montante equivalente a 35,7% do PIB, informou a instituição nesta quinta-feira. Isso ocorreu devido a três razões: o dólar mais caro, já que quando se considera as reservas internacionais o Brasil é credor em moeda americana, os juros básicos em menor patamar e a inflação mais controlada (muitos títulos da dívida são atrelados à taxa Selic, assim como a índices de preços). Quando o dólar fica 1% mais caro em relação ao real, automaticamente a dívida se reduz em 0,14 ponto percentual ante o PIB, ou R$ 5,9 bilhões. Isso porque as reservas internacionais (que são ativos do Brasil) são transformadas em reais e deduzidas dos débitos da União, Estados, municípios e estatais. É depois desse abatimento que se chega à dívida líquida. No caso de cortes na taxa básica e inflação mais baixa, o efeito só é notado após um ano. Em abril, a desvalorização cambial foi de 3,8%, de acordo com o Banco Central. Nos primeiros quatro meses do ano, o governo cumpriu 43% da meta do ano para o superavit primário (economia para o pagamento de parte dos juros da dívida pública) do setor público. O montante inclui os saldos registrados pela União, governos municipais, municipais e estatais (com exceção da Petrobras e da Eletrobras). No mês passado, o superavit foi de R$ 14,2 bilhões, e no acumulado do ano, de R$ 60,2 bilhões. A meta para o ano é de R$ 139,8 bilhões. O pagamento de juros aos credores totalizou R$ 17,2 bilhões no mês passado. No acumulado do ano, o pagamento de juros nominais aos credores foi de R$ 76,2 bilhões, ou 5,49% do PIB, uma redução de 0,59 ponto percentual do PIB na comparação com o primeiro quadrimestre de 2011. A redução, no caso dessa comparação em relação ao PIB, ocorreu por causa dos cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic, e pelo maior controle da inflação neste ano.

Nenhum comentário: