terça-feira, 22 de maio de 2012

Justiça nega pedido de liberdade de Carlinhos Cachoeira

Por três votos a um, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou pedido de liberdade feito pela defesa de Carlos Augusto Ramos, acusado de corrupção e de comandar um esquema de jogo ilegal. Carlinhos Cachoeira está preso preventivamente desde 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. A decisão do STJ foi tomada no mesmo dia que o empresário foi à audiência na CPI criada para investigar suas relações com empresários e políticos. O julgamento sobre o pedido foi iniciado na semana passada, quando três ministros votaram contra a soltura de Cachoeira. A ministra Laurita Vaz se declarou suspeita para o caso. O desembargador convocado Adílson Macabu interrompeu a análise com um pedido de vista. Ele discordou dos colegas e votou pela libertação de Cachoeira, com algumas condições, como a entrega de passaportes e o comparecimento periódico à Justiça. Foi voto vencido. Macabu justificou seu voto usando o princípio da isonomia, já que outros acusados na Operação Monte Carlo estão soltos. Também disse que o fato de Cachoeira ser solto não significa um risco às investigações ou à ordem social. "Um tratamento diferenciado não pode ser agasalhado pela ordem jurídica", disse o magistrado. Ele chegou a comparar com o caso do Mensalão, lembrando que o procurador-geral da República aponta a existência de uma "sofisticada organização criminosa", mas que é "inquestionável que todos os denunciados permanecem em liberdade até hoje, decorridos cerca de sete anos daqueles fatos". Também comparou com a situação de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), outro que não está preso.

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