domingo, 13 de maio de 2012

Justiça quebra sigilo e bloqueia bens de Cachoeira

A Justiça do Distrito Federal determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscal do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, da Delta Construções e de outras sete pessoas denunciadas à Justiça nesta semana em decorrência da Operação Saint-Michel. Também foram bloqueados os bens de Cachoeira e de outros suspeitos. A decisão revoltou o advogado Márcio Thomaz Bastos. O ex-ministro da Justiça, que está à frente da defesa de Cachoeira, considerou absurda a medida judicial. "É um caso que ela (a juíza) está apurando de crime de tráfico de influência, é um processo de afogadilho", desabafou Bastos. Na quarta-feira, os supeitos já haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal por formação de quadrilha e tráfico de influência por tentarem obter um contrato de bilhetagem eletrônica do transporte coletivo no governo local. A Operação Saint-Michel, deflagrada em 25 de abril, é um desdobramento da Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira foi preso e acusado de exploração de jogo ilegal. A partir das revelações da Monte Carlo, a promotoria do Distrito Federal e a Polícia Civil iniciaram as investigações, Foi na Operação Saint-Michel que o ex-diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, foi preso. Ele estava afastado do cargo após revelação de ligação com o bicheiro. No caso da Delta, a determinação de quebra de sigilo envolveria contas da empresa em todo o País.

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