sábado, 5 de maio de 2012

Lula recebe balaiada de título de Doutor Honoris Causa de cinco universidades públicas do Rio de Janeiro

A solenidade de entrega do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula pelas cinco universidades públicas do Rio de Janeiro foi marcada na sexta-feira por homenagens entusiasmadas e manifestações de apoio por parte da platéia formada por estudantes, representantes do meio acadêmico e políticos, o mundo do petismo. O evento, que aconteceu no Teatro João Caetano, no centro da cidade, contou com a participação da presidente Dilma Rousseff. Entre os discursos, a presidente ouviu cobrança pela consolidação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e um inesperado pedido de veto ao novo Código Florestal. O ex-presidente Lula dedicou o título que recebeu das universidades a todos os que contribuem "com sua inteligência e esforço" para melhorar a qualidade da educação no Brasil, "dando esperança a milhões de jovens e construindo um país mais justo e solidário". Mestre de cerimônia do evento, a atriz Camila Pitanga quebrou o protocolo e pediu à presidente Dilma que vete o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional. Na porta do teatro, alunos do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Macaé, no norte do estado, em greve há um mês, protestavam contra a falta de professores, de laboratórios adequados e de Hospital Escola para práticas clínicas. Aluna do 6º período de medicina da UFRJ de Macaé, Carla Guedes Braga, disse que os alunos se sentem abandonados pela reitoria: "Somos fruto do Reuni, que é a expansão da universidade para o interior, e o nosso curso não recebeu os investimentos necessários nem a atenção da gestão da universidade. Estamos há três anos reivindicando uma série de coisas e chegou a um ponto que não podemos mais aguentar e tivemos que vir até aqui para reivindicar por melhorias". Diz o jornalista Reinaldo Azevedo: "Eles criam lá suas mistificações e não esperam, certamente, contar com a anuência de todos, não é? Podem até querê-la e ter ganas de cassar e caçar quem ousa divergir, mas sabem que não terão o que pretendem. Não enquanto o país for uma democracia. Títulos de “Doutor honoris causa”, agora, se concedem às baciadas. Na presença do ex-ministro da Educação Fernando Haddad e do atual, Aloizio Mercadante, Lula lançou ao vento números escandalosamente mentirosos. E foi muito aplaudido. Disse ter criado 14 novas universidades federais. É cascata! Não chegou à metade disso. O resto é divisão de instituições que já existiam ou elevação de status, de faculdade ou campus avançado para universidade. EVIDÊNCIA DA MENTIRA: em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes a menos do que em 2004!!! Mas ainda não era a maior mentira. Segundo informa a Folha, o homem disse ter elevado o número de universitários do País de 6 milhões para 12 milhões. O homem está no “mundo de Lula”. Haddad ouvia tudo caladinho, e certamente não vai corrigir a batatada, embora seu ministério tenha divulgado o Censo Universitário no fim de 2011. Os números são outros. Em 2001, havia 3 milhões de estudantes matriculados nas universidades do País; no fim de 2010, eram 6,37 milhões, quase a metade do que Lula alardeou. Atenção! 14,7% desse total (quase um milhão de alunos) estão matriculados na modalidade “ensino à distância”. Com raras exceções, esse troço virou, no Brasil, um caça-níqueis ainda mais vantajoso do que instituições de ensino meia-bomba que vendem suas vagas para o ProUni. Não passa de picaretagem! Mas sigamos. A meta do Plano Nacional de Educação, estabelecida em 2000, era chegar a 2010 com 33% dos jovens de 18 a 24 anos na universidade. Segundo o Censo, o governo do Apedeuta ficou bem longe disso: apenas 17,4%. Acreditem nos números postos no portal do MEC. Lá no Censo, assinadinho pelo senhor Fernando Haddad, consta que as matriculas em cursos noturnos em 2001 representavam 56,1% do total; em 2010, 63,5%. Certo! Nas universidades federais, estudam à noite apenas 30% dos estudantes; nas privadas, 71,8%. Hipótese bastante plausível: pobres estudam em universidade privadas; os ricos, nas federais. Bingo! O problema do tal ProUni não é a existência do programa em si, é evidente, mas a qualidade do que está sendo oferecido aos pobres com dinheiro público. Mas esse é outro departamento. Que fique aqui o registro: os números que Lula exibiu, sob aplausos comovidos, eram falsos como nota de R$ 3,00. A imprensa sabe disso? Acho que sim! O Censo Universitário, feito pela gestão Haddad, não está disponível apenas para este criado de vocês, não é?"

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