segunda-feira, 14 de maio de 2012

Manifestantes fazem novo "esculacho" contra acusados de tortura

Um grupo de manifestantes fez nesta segunda-feira uma nova rodada de protestos chamado "esculacho" contra acusados de tortura na ditadura militar (1964-1985). No Guarujá, cerca de 100 pessoas participaram do ato em frente à casa do tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima. Em depoimento à Justiça Militar, em 1970, a presidente Dilma Rousseff o apontou como torturador. Em novembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo) decidiu que Lima não poderia ser mais condenado por entender que seus supostos crimes já prescreveram. No Rio de Janeiro, cerca de 50 pessoas fizeram o protesto em frente à casa do general da reserva José Antônio Nogueira Belham. Ele era chefe do DOI-CODI do Rio de Janeiro, quando o deputado federal Rubens Paiva desapareceu, em 1971. Em Belo Horizonte, cerca de 100 jovens fizeram um "esculacho" em frente à casa de João Bosco Nacif da Silva, médico-legista da Policia Civil durante a ditadura. Em março, o mesmo grupo fez protestos em frente às casas ou aos locais de trabalho de civis e militares em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Belém e Fortaleza. Os organizadores afirmam não ter filiação partidária e se apresentaram como integrantes do Levante Popular da Juventude, grupo ligado ao movimento pela reforma agrária Via Campesina.

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