segunda-feira, 28 de maio de 2012

Medida Provisória do Código Florestal diminui proteção ambiental, diz comitê ambientaleiro

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas, que reúne 163 entidades ongs ambientaleiras, avaliou nesta segunda-feira que a nova redação do Código Florestal proposto pelo governo aumenta a anistia aos desmatadores ilegais e a falta de proteção ambiental de áreas sensíveis. A principal crítica foi a autorização para que as APPs (áreas de preservação permanente) sejam recuperadas com espécies exóticas, permitindo, por exemplo, a plantação de eucaliptos na beira de rio. Na avaliação de integrantes do comitê, isso atende ao agronegócio e o novo código representa um retrocesso em relação a legislação aprovada em 1965 e alterada nos últimos anos. "Isso representa o desvirtuamento do conceito de APP", disse Andre Lima, ongueiro da SOS Mata Atlântica. "Nem o Congresso, nem a bancada ruralista, teve coragem de colocar isso no texto. Pela primeira vez, não teremos recuperação de APP. Essa foi a palavra da presidente Dilma Rousseff e isso tem que ser colocado na conta dela, foi ela quem fez isso", completou o advogado Raul do Valle, do Instituto Socioambiental.

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