quinta-feira, 24 de maio de 2012

Michel Temer avisa, "Código Florestal vai ter vetos parciais"

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira que o projeto do Código Florestal vai receber vetos parciais. A presidente Dilma Rousseff tem até esta sexta-feira para decidir se sanciona ou veta, na íntegra ou em partes, o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. "Vai ter vetos parciais", disse o vice-presidente após participar de reunião com diretores do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O vice-presidente, no entanto, não soube informar quantos serão os artigos vetados pela presidente Dilma. Às 14h30, a presidente Dilma Rousseff voltou a se reunir com o grupo de ministros envolvido com as negociações do Código Florestal, no Palácio do Planalto, na tentativa de fechar os vetos. Participaram da reunião: Gleisi Hoffman (Casa Civil), Izabela Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro Filho (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). Na manhã desta quinta-feira, o governo federal recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo que a presidente vete o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. O documento foi entregue pela Avaaz, organização global de campanhas, aos ministros Gleisi Hoffmann, Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência e Izabela Teixeira. "O texto aprovado é um texto horrível. É muito difícil pensar uma solução que respeite algum pedaço desse texto, é o texto do desmatamento. A gente quer o veto total ao desmatamento. Esse texto com aquilo que está lá tem de ser inteiramente rechaçado", afirmou o diretor de campanhas da Avaaz, o petista Pedro Abramovay, que foi demitido do Ministério da Justiça quando se meteu a defender a maconha. O Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar), órgão de assessoramento da Presidência, recomendou que a presidente Dilma Rousseff vete na íntegra o Código Florestal aprovado pela Câmara. Na recomendação, os 57 membros do Consea consideram que o texto provocaria "graves impactos sobre a segurança alimentar e nutricional da população brasileira". Também a AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) e a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) encaminharam nota pública dizendo que o projeto trará "uma avalanche" de ações judiciais e não contribui para a "pacificação" da "gestão pública e privada dos recursos naturais".

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