quinta-feira, 3 de maio de 2012

OAB-RJ cobra de Dilma a designação dos membros da Comissão da Verdade

Ao comentar o lançamento do livro de memórias de um ex-agente da repressão da ditadura, com revelações sobre o desaparecimento e a morte de militantes de esquerda nos anos 70 e 80 no Brasil, o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, afirmou que "o paradeiro dos militantes políticos desaparecidos na época da ditadura militar ainda é uma ferida não cicatrizada na sociedade brasileira". Na opinião de Damous, esse e outros fatos já revelados sobre as atrocidades praticadas por aqueles que serviam ao regime na época "só vem a mostrar que está mais do que na hora da presidenta Dilma Roussef nomear a Comissão da Verdade". À Comissão da Verdade competirá investigar essas e outras informações que levem o Brasil a fechar, definitivamente, essa dolorosa ferida, afirmou o presidente da Seccional do Rio de Janeiro. Em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, publicado sob o título “Memórias de uma guerra suja”, o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, diz que pelo menos dez corpos de militantes executados teriam sido incinerados em uma usina de açúcar no norte do Estado do Rio de Janeiro, em 1973. Afirma também que o delegado Sérgio Paranhos Fleury (símbolo da linha-dura do regime) teria sido assassinado por ordem dos próprios militares, assim como o jornalista Alexandre Von Baumgarten, dono da revista “O Cruzeiro”, como queima de arquivo.

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