terça-feira, 29 de maio de 2012

OGX, de Eike Batista, afirma que vai produzir 50 mil barris de petróleo por dia no segundo trimestre de 2013

A produção de petróleo da OGX, empresa do empresário Eike Batista, deverá atingir entre 40 mil e 50 mil barris diários no segundo trimestre de 2013, disse o presidente da companhia, Paulo Mendonça. A empresa esperava chegar a esse patamar ainda em 2012, com quatro poços em fase de extração no complexo de Waimea, na bacia de Campos. Mas a OGX optou por reduzir o volume na fase de TLD (Teste de Longa Duração), como é chamado o início da produção de um poço. "Estamos produzindo com a injeção de água e precisamos equilibrar isso. Se injetarmos água demais, vamos entregar o reservatório depletado. Estamos testando, mas com a produção atual, de 8,5 mil barris em cada poço, estabilizou", disse o presidente da OGX. A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, no dia 31 de janeiro deste ano. Nos testes, a produção teve diferentes níveis de vazão, entre 10 mil e 18 mil barris por dia, para o avaliar o comportamento do reservatório. Atualmente existem dois poços abertos, e a produção média está em 17 mil barris por dia. Com o início da extração no segundo poço, no início do mês, a produção chegou a subir de 11,5 mil barris de petróleo para 23 mil barris por dia, disse ele. Mendonça informou ainda que um terceiro poço em Waimea começará a produzir no segundo semestre de 2012. Isso fará com que a produção atinja entre 30 mil e 40 mil barris por dia até o final do ano. Um quarto poço virá somente em 2013, e aí a produção poderá variar entre 40 mil e 50 mil barris/dia. Parte do complexo de Waimea tem volume recuperável de 110 milhões de barris segundo o Plano de Desenvolvimento apresentado à ANP (Agência Nacional do Petróleo), mas pode chegar a 150 milhões, segundo Mendonça. A estimativa para todo o complexo de Waimea (que envolve outros campos) permanece entre 500 e 900 milhões de barris. A declaração de 110 milhões de barris abrange apenas uma parte do campo, Waimea Pequena, batizada de Tubarão Azul, onde opera a plataforma FPSO OSX-1. Acreditava-se inicialmente que Waimea era um único campo, mas recentemente a OGX dividiu o complexo em vários reservatórios. Segundo o presidente da companhia, essa divisão foi necessária porque descobriu-se que existem vários tipos de óleo, com diferentes graus API (22º e 24º) e que funcionam com diferentes pressões. A empresa pretende iniciar a produção em Waikiki, batizado de Tubarão Martelo, em 2013. "Mesmo se o petróleo chegar em US$ 70,00 ou US$ 80,00 o barril, podemos ganhar dinheiro, continuar os nossos programas", afirmou. "Se cair ainda mais para US$ 60,00 ou US$ 70,00 por barril, um monte de empresas vai estar em apuros. Mas se chegar a US$ 60,00 o barril será temporário", acrescentou Mendonça. O petróleo Brent já caiu cerca de 15% desde o pico do ano de pouco mais de US$ 128,00 o barril no início de março, e agora está próximo ao valor do início do ano, em torno de US$ 106,00 o barril.

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