terça-feira, 8 de maio de 2012

Polícia italiana investiga ataque que lembra terrorismo das Brigadas Vermelhas

A polícia acredita que os atiradores que feriram o chefe de uma empresa de engenharia nuclear na Itália na segunda-feira poderiam ser membros de um grupo marxista-leninista radical ou anarquistas envolvidos em eco-extremismo. O presidente-executivo da Ansaldo Nucleare, Roberto Adinolfi, de 53 anos, foi baleado na panturrilha a curta distância quando saía de sua casa na cidade portuária de Gênova, lembrando o estilo do grupo de esquerda Brigadas Vermelhas, que espalhou terror por toda a Itália nos anos 1970 e 1980. "O estilo do ataque é claramente uma reminiscência das Brigadas Vermelhas", disse uma fonte de investigação nesta terça-feira. Os dois homens armados, que abordaram Adinolfi em uma motocicleta roubada, usavam capacetes e não puderam ser identificados. Eles usaram uma pistola russa semi-automática Tokarev, utilizada na Itália por extremistas e criminosos da extrema esquerda. A mídia local informou que o ataque também poderia estar ligado às relações da Ansaldo Nucleare na Europa Oriental, onde a empresa está vendendo o seu know-how na gestão de resíduos tóxicos após um referendo nacional rejeitar o uso da energia nuclear na Itália pela segunda vez no ano passado. A Ansaldo Nucleare é uma pequena unidade da Ansaldo Energia, controlada pelo conglomerado italiano de defesa Finmeccanica, o maior grupo industrial da Itália após a Fiat. O grupo Ansaldo tinha sido alvo das Brigadas Vermelhas em um dos primeiros episódios de violência na década de 1970.

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