sexta-feira, 25 de maio de 2012

Prejuízo do grupo do bilionário Eike Batista aumenta 182% no primeiro trimestre

Nascidas de ofertas públicas como a da CCX, que aconteceu nesta sexta-feira na Bovespa, as empresas de capital aberto do grupo EBX, do empresário Eike Batista, registraram no primeiro trimestre prejuízo de R$ 180,6 milhões. O valor representa alta de 182% em relação ao primeiro trimestre de 2011, quando todas as empresas perderam R$ 64,1 milhões. Ainda em fase pré-operacional --apenas a MMX (mineração) e a OGX (petróleo e gás) estão em fase de produção, ainda pequena--, as empresas do grupo investem nos próprios projetos os recursos arrecadados com as ofertas públicas de abertura de capital e captações. O grupo EBX tem US$ 8 bilhões em caixa para investimentos. A "caçula" CCX é uma cisão da MPX, do setor de energia elétrica, e tem ativos de carvão na Colômbia. Em nota, o grupo EBX informou que esse tipo de prejuízo "é comum em empresas pré-operacionais" e que está investindo US$ 15,7 bilhões, entre 2011 e 2012, com geração de 20 mil empregos. As empresas "X" também viram seu valor de mercado cair na Bovespa nos últimos dois anos. Segundo a Economatica e a Bovespa, de 31 de dezembro de 2010 ao dia 23 passado, o valor de mercado dessas companhias caiu R$ 31,3 bilhões, com destaque para a OGX, de petróleo, que perdeu R$ 27,4 bilhões. O desempenho em Bolsa também tem deixado a desejar. "Os papéis X têm uma volatilidade muito grande, com a característica de que, quando sobem, sobem mais que a Bolsa e, quando caem, caem mais que a Bolsa. É muita especulação", afirma Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW Corretora. O maior prejuízo foi da OGX (petróleo e gás), de R$ 144 milhões. A MPX, de energia elétrica, registrou o segundo maior prejuízo, de R$ 77,5 milhões, seguida pela PortX, com perda de R$ 22,7 milhões, e pela LLX, de R$ 7,9 milhões. Registraram lucro a MMX (R$ 49,3 milhões) e a OSX (R$ 10,5 milhões). Para ajudar a capitalizar o grupo, Eike Batista tem buscado sócios para a holding EBX. Em março ele vendeu 5,36% de participação na empresa para um dos maiores fundos do Oriente Médio, o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala, por US$ 2 bilhões. Na quinta-feira, o empresário vendeu 0,8% da EBX para a GE, por US$ 300 milhões. Os recursos serão utilizados para melhorar a estrutura de capital da empresa e ajudar a financiar projetos futuros da holding, informou a EBX. Eike afirmou na quarta-feira que pretende vender uma outra fatia, de US$ 500 milhões, até setembro para outro investidor.

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