quinta-feira, 24 de maio de 2012

Presidente do banco do Vaticano é demitido após escândalo

O presidente do banco do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi, foi destituído de seu cargo, informou nesta quinta-feira a assessoria de imprensa da Santa Sé. Tedeschi é acusado de irregularidades, como lavagem de dinheiro. O funcionário, consultado pela imprensa, não quis explicar as razões de sua renúncia. "Prefiro não falar. Do contrário, posso dizer as palavras erradas", comentou. Em um comunicado oficial, o Vaticano explicou que Tedeschi foi destituído "por não ter cumprido várias funções de importância prioritária". A decisão foi tomada por "unanimidade" pelos diretores da instituição, indica a nota. Nomeado em 2009 para acertar as contas do IOR, Gotti Tedeschi, simpatizante da Opus Dei e, durante anos, maior executivo do Banco Santander na Itália, foi acusado pela imprensa de ter cometido irregularidades e de violar as leis italianas contra a lavagem de dinheiro. Depois das denúncias, feitas em 2010, a Justiça italiana abriu uma investigação judicial contra dois diretores do banco do Vaticano por violação das leis italianas contra a lavagem de dinheiro, colocando a instituição bancária da Santa Sé em questionamento depois dos escândalos que a atingiram na década de 80. Nessa ocasião, o Vaticano manifestou sua "máxima confiança" nos diretores dos bancos envolvidos. Na nota desta nesta quinta, a Santa Sé reconhece que se trata de uma medida necessária "para manter a vitalidade da entidade" e que a saída de dirigente "ajudará" o banco a "reativar relações eficazes e amplas entre o IOR e a comunidade financeira, baseadas no respeito mútuo aos padrões bancários aceitos".

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