segunda-feira, 7 de maio de 2012

Procuradoria defende que Cachoeira continue preso

A Procuradoria Geral da República enviou parecer ao Superior Tribunal de Justiça defendendo que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, continue preso com o objetivo de "de neutralizar ou, ao menos, enfraquecer seu poder de articulação e penetração que sabidamente exerce na sociedade". O documento, assinado pelo subprocurador-geral Paulo da Rocha Campos, diz que libertar Cachoeira seria uma medida "temerária". Trata-se da posição do Ministério Público Federal em relação a habeas corpus impetrado pela defesa do empresário no STJ, após ter o mesmo pedido negado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O caso é relatado pelo ministro Gilson Dipp e só deverá ser julgado na semana que vem. Segundo o parecer enviado por Rocha Campos, não há qualquer ilegalidade em manter Cachoeira preso e tal necessidade é "imperiosa para o resguardo da ordem pública, diretamente ameaçada com a atividade criminosa organizada". O subprocurador descreve Carlinhos Cachoeira como alguém com grande influência política e econômica perante a sociedade e a própria estrutura estatal, "encontrando-se no ápice de moderna, articulada, antiga e extensa organização criminosa, fortemente armada pelo concurso de vários agentes dos setores da segurança pública, inclusive do alto escalão". Ele ainda diz que o empresário "detém uma incrível e grandiosa capacidade de cooptação, além de extremo poderio econômico, utilizado unicamente com a finalidade de manter, a todo custo, as atividades espúrias, por meio de uma vasta rede de corrupção armada, ora para assegurar a impunidade de contravenções e crimes, ora para impedir perdas patrimoniais nos negócios explorados".

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