segunda-feira, 7 de maio de 2012

Venezuela insiste que Chávez segue no comando do país

Aliados do ditador venezuelano, Hugo Chávez, insistiram nesta segunda-feira que ele ainda estava comandando a nação, apesar de uma semana de silêncio do líder normalmente loquaz, cuja batalha contra o câncer tem ofuscado sua candidatura à reeleição. A constante presença na mídia reduziu-se a algumas mensagens no Twitter. Chávez não fez nenhum contato ao vivo com a mídia estatal na semana desde uma aparição pública na semana passada, antes de partir para Cuba para receber tratamento. Sua ausência atiçou as críticas de que ele não está mais comandando corretamente o país e estimulou conversas sem precedentes de um sucessor para o ex-soldado, que durante 13 anos no poder evitou cultivar um protegido que poderia substituí-lo. "O presidente, ainda em tratamento, continua governando", disse o dirigente do partido Aristóbulo Istúriz: "Para a oposição, a questão da saúde do presidente não é humanitária, mas sim eleitoral porque a sua única possibilidade de vitória vem de uma doença de Chávez". Ele passou por três operações desde junho passado, incluindo uma que removeu um tumor do tamanho de uma bola de beisebol. Mas os líderes do governo se recusaram a divulgar detalhes sobre sua condição. Ele supostamente teria concluído a última das cinco sessões de radioterapia, mas o silêncio incomum tem provocado especulação de que sua condição pode estar piorando, possivelmente se tornando fatal. A recente criação de um Conselho de Estado, encarregado de assessorar o presidente sobre questões políticas, tem sido interpretada por analistas e alguns ativistas da oposição como uma agência de transição que poderia facilitar o caminho rumo a uma Venezuela pós-Chávez. Os líderes do partido negam isso, insistindo que ele é o único candidato e assegurando os eleitores de que ele vai derrotar o candidato de oposição Henrique Capriles na eleição de 7 de outubro. "Não é uma (comissão de) transição e não haverá transição", disse o vice-presidente, Elias Jaua, no domingo em uma cerimônia repleta de partidários de Chávez vestidos com camisas vermelhas assinadas e cantando slogans do partido: "Haverá eleição, reeleição e um novo mandato para Hugo Chávez".

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