quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ações do Cruzeiro do Sul desabam 40% em reabertura na Bolsa

A ação do Banco Cruzeiro do Sul desabava 40,13% às 14h04 desta quarta-feira, quando voltou a ser negociada na BM&F Bovespa após anúncio da intervenção do Banco Central na instituição. As ações preferenciais do banco, que não estão na carteira teórica do Ibovespa, caíram para R$ 4,55, com apenas R$ 166.315,00 de giro financeiro. O índice que reúne as principais ações brasileiras subia 2,55%. A negociação das ações do Cruzeiro do Sul ficou suspensa nos dois primeiros pregões desta semana devido à intervenção do Banco Central na instituição, decretada na segunda-feira. Segundo o Banco Central, a intervenção foi decretada após ter sido identificado comprometimento da situação econômico-financeira do banco e "grave violação de normas" pela instituição. As falhas no balanço estão relacionadas à contabilização irregular na carteira de crédito e foram descobertas em março e abril. O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) foi acionado pelo Banco Central para administrar provisoriamente o Cruzeiro do Sul, por 180 dias. Na segunda-feira, o diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, disse que as ações do Cruzeiro do Sul não seriam negociadas na Bolsa por pelo menos dois meses. No começo desta quarta-feira, porém, o banco enviou comunicado à BM&F Bovespa informando sobre a reabertura dos negócios com suas ações. Na quinta e na sexta-feira da semana passada, quando surgiram as primeiras notícias sobre problemas na contabilidade do banco, a ação já havia perdido 37% de seu valor. O Cruzeiro do Sul é especializado no crédito consignado e na oferta de empréstimos de curto prazo a empresas atrelados a recebíveis. O Banco Central detectou um rombo de R$ 1,3 bilhão decorrente de "insubsistência de crédito" no banco, o que significa que não há "evidências" de que operações nesse valor existam.

Nenhum comentário: