terça-feira, 19 de junho de 2012

Assange pede asilo político na embaixada do Equador em Londres

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, informou nesta terça-feira que o fundador do site Wikileaks, Julian Assange, solicitou asilo político ao país, e disse que o requerimento está sendo avaliado. Patiño disse à imprensa que Assange, que está na embaixada do Equador em Londres, enviou uma carta ao presidente do país andino, Rafael Correa, na qual afirma sofrer "perseguição", e por isso pede asilo político. Um porta-voz da embaixada confirmou a informação sobre o pedido de Assange, que pediu asilo político para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais - na semana passada, o réu esgotou os recursos legais na Justiça britânica para contestar as acusações. Em suas declarações à imprensa, Patiño afirmou que Assange, de nacionalidade australiana e com residência no Reino Unido, se apresentou na sede da embaixada do Equador em Londres "solicitando a proteção do governo do Equador". Na carta, Assange diz que considera "impossível" o retorno a seu país de origem após a "lamentável declaração efetiva de abandono" recebida pelas autoridades australianas, declarou Patiño, que não admitiu perguntas da imprensa. "O governo do Equador está avaliando o pedido de Julian Assange e qualquer decisão que adotar sobre o mesmo levará em conta o respeito às normas e princípios do direito internacional, assim como a tradicional política do Equador de resguardar os direitos humanos", disse o chanceler. A Suprema Corte britânica anunciou na última quinta-feira que rejeitou o recurso apresentado por Assange para que reexaminasse o recurso contra sua extradição à Suécia, informando, no entanto, que ela não poderá ser executada em menos de duas semanas. As autoridades suecas requerem Assange para interrogá-lo como suspeito de quatro supostos crimes de agressão sexual, pelos quais até hoje não foi acusado formalmente. Um tribunal de primeira instância e o Tribunal Superior de Londres já tinham autorizado a extradição no ano passado.

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