terça-feira, 19 de junho de 2012

Azul faz primeiro voo experimental com biocombustível

A Azul Linhas Aéreas fez nesta terça-feira o primeiro vôo experimental brasileiro com biocombustível à base de cana-de-açúcar. Com mesmo rendimento que a querosene tradicional, o novo combustível gera até 82% menos CO2. O vôo experimental, com uma aeronave da Embraer, E-195, partiu de Campinas com 4,5 mil litros de bioquerosene e 4,5 litros de querosene fóssil. Em menos de uma hora pousou no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A falta de incentivos públicos para a combustíveis menos poluentes foi criticada por envolvidos no projeto. "Há descompasso entre o desenvolvimento da tecnologia e as políticas públicas de incentivo", afirmou Paulo Diniz, presidente da Amyris, empresa de tecnologia responsável pela pesquisa sobre a bioquerosene a partir de cana-de-açúcar. O biocombustível foi desenvolvido com fungos geneticamente modificados, que sintetizam o caldo da cana em moléculas muito próximas às da querosene fóssil. Órgãos internacionais ainda avaliam o pedido de certificação feito para o bioquerosene da cana, que foi apresentado em dezembro do ano passado. A estimativa da Azul é usar o biocombustível em até 50% dos tanques. "Só não trabalhamos com 100% porque não há, ainda, produção para isso", disse Adalberto Febeliano, diretor de relações institucionais da Azul.

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