quinta-feira, 14 de junho de 2012

Exército diz não ter papéis sobre Guerrilha do Araguaia

Os documentos do Exército sobre a Guerrilha do Araguaia foram todos destruídos, informou o Ministério da Defesa à Folha. A admissão foi encaminhada como resposta a um pedido de consulta feito com base na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor mês passado. Foram solicitados materiais produzidos entre 1970 e 1985 sobre ações do Exército contra a guerrilha, o maior foco armado contra a ditadura (1964-85), no sul do Pará e hoje norte de Tocantins. O conflito, organizado pelo PCdoB, ocorreu entre 1972 e 1974. Mas, o PCdoB começou esta operação terrorista ainda na segunda metade da década de 60. Na resposta do Serviço de Informação ao Cidadão do Exército, criado para atender as demandas da nova lei, a instituição diz que um decreto de 1977 "permitia a destruição de documentos sigilosos, bem como dos eventuais termos de destruição". De acordo com a resposta, a destruição dos documentos foi feita de tal forma que é impossível identificar os responsáveis pela eliminação, como desejam alguns dos membros da Comissão da Verdade. Historiadores e familiares das vítimas do conflito especulam que os documentos tenham sido destruídos para apagar vestígios de eventuais crimes de oficiais.

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