terça-feira, 26 de junho de 2012

Governo de Minas Gerais fará auditoria em contratos de refeição

O governo mineiro informou nesta terça-feira que os contratos com as empresas Iso Engenharia, Bom Menu Comércio e Alimentação, Nutrição Refeições, Gaúcha Alimentação Coletiva e Gomes e Maciel Refeições Coletivas vão ser auditados e que o contrato com a Stillus na Cidade Administrativa já foi encerrado. Uma operação realizada nesta terça-feira pelo Ministério Público Estadual de Minas Gerais, polícias Federal e Militar e Receita Estadual desbaratou esquema de fraude em licitações que somam cerca de R$ 166 milhões em verbas públicas para fornecimento de alimentação para presos em diversas cidades do Estado e em Tocantins e de merenda escolar em Montes Claros, no norte mineiro. O governo de Minas Gerais informou que o diretor do presídio de Três Coração, Roni Buzzeti, foi exonerado do cargo. Informou ainda que "se for identificado algum desvio de conduta por parte de servidores públicos estaduais, eles serão punidos, conforme prevê a lei". Segundo o Ministério Público mineiro, o esquema envolvia sete empresas e era liderado pela Stillus Alimentação, do empresário Alvimar Perrella, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), e do 1º vice-presidente do time mineiro, José Maria Queiroz Fialho. O prejuízo é estimado em pelo menos R$ 55 milhões. A operação "Laranja com Pequi" foi deflagrada para o cumprimento de dez mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão em empresas e residências, inclusive a de Perrella, em um prédio de alto luxo em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Entre os presos estão a secretária de Educação de Montes Claros, Mariléia de Souza, o ex-secretário de Serviços Urbanos, João Ferro, o vereador Athos Mameluque (PMDB), o assessor da prefeitura Noélio Oliveira, além de empresários, funcionários da Stillus e diretores de um presídio de Três Corações, no sul de Minas, e outro em Tocantins.

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