terça-feira, 19 de junho de 2012

Juiz não poderá atuar em caso se comprovada amizade com réu, diz Eliana Calmon

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou nesta terça-feira que, se ficar comprovada uma relação de intimidade entre um dos réus da Operação Monte Carlo e o juiz titular da 11ª Vara Federal da seção de Goiás, Leão Aparecido Alves, ele não poderá ficar responsável pelo caso. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que o magistrado é amigo da família de José Olímpio de Queiroga Neto, um dos presos, acusado de comandar exploração de jogos ilegais no entorno do Distrito Federal. Queiroga foi padrinho de casamento de Leão, quando o juiz atuava como advogado em Brasília. Eliana Calmon afirmou que ainda precisa avaliar o caso, mas disse que "ouviu dizer" que um telefone de Leão havia caído nos grampos: "Não sei se tem ou não condições de assumir o caso. O que posso dizer é que no correr das investigações houve um certo temor do juiz da causa em razão de uma interceptação telefônica que era de um telefone do juiz Leão". Dizendo-se "preocupada", a ministra disse que irá ouvir o magistrado sobre o caso: "Ouvi dizer, por isso mesmo vou ouvir o juiz Leão para saber dele o que aconteceu. Isso me preocupa. Constaram que efetivamente houve uma interceptação de um telefonema de aparelho dele para alguém ligado a chamada quadrilha do Cachoeira. Ele disse apenas que o telefone estava emprestado a esposa dele".

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