terça-feira, 12 de junho de 2012

Justiça chilena abrirá outro testamento do ex-ditador Pinochet

O Conselho de Defesa do Estado do Chile pediu pela segunda vez a reabertura do testamento do ex-ditador Augusto Pinochet, depois de constatar em abril que a última modificação somente serviu para mudar o testamenteiro. A solicitação do CDE se refere ao texto de 2002, onde efetivamente estaria registrado o montante da fortuna e quem seriam seus herdeiros. A juíza do Terceiro Juizado Civil de Santiago, Soledad Araneda, fixará a audiência para os próximos dias. Nela, deverão estar presentes o tabelião Humberto Quezada, as testemunhas Jorge Aguillera e Carmen Carmona, amigos da família que estavam presentes no dia em que Pinochet redigiu o testamento, além da nova testamenteira, Julia Hormazábal. No último mês de abril, o documento aberto é o que havia sido modificado em 2005, um ano antes de sua morte. Hormazábal foi nomeada no lugar de seu braço direito, Oscar Aiten, que foi processado por ajudar a esconder o dinheiro que Pinochet guardava no exterior sob pseudônimos. A solicitação da CDE integra as investigações sobre a origem do patrimônio do ex-ditador, acusado de fraudes ao fisco e desvio de fundos públicos. Sua fortuna foi fixada pelo juiz do caso, Manuel Valderrama, em US$ 26 milhões (cerca de R$ 52 milhões), mas seus bens móveis estão embargados desde 2004.

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