segunda-feira, 25 de junho de 2012

Morgan Stanley cobra conta de R$ 3 milhões do Cruzeiro do Sul

O Morgan Stanley está cobrando do Banco Cruzeiro do Sul uma conta de R$ 3 milhões por uma operação de venda de ações realizada em maio na Bolsa, antes da intervenção do Banco Central na instituição, no último dia 4. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), responsável pela adminsitração do Cruzeiro do Sul desde a intervenção, teria se recusado a pagar a fatura, por suspeitas de que a operação tenha sido uma "simulação arquitetada pelos antigos controladores e o Morgan Stanley para 'retirar patrimônio do banco'". De acordo com o jornal, na operação, o fundo Caieiras (então sob gestão do banco americano e administrado pelo Citibank), comprou 8,9 milhões de ações do Cruzeiro do Sul a R$ 12,79, totalizando R$ 114,3 milhões. Com a queda das ações, o fundo pode ter perdido cerca de R$ 84 milhões. A operação foi questionada pelo FGC por ter ocorrido 17 dias antes de o Banco Central assumir o controle do banco. O FGC teria enviado carta ao banco americano dizendo que só paga a conta se as investigações em curso, pelo Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários, atestarem a legitimidade da venda. Além disso, o FGC quer saber quem é o cotista do fundo Caieiras, que comprou as ações em leilão na Bolsa. "A suspeita é de que ele seja um laranja, já que o negócio resultou em prejuízo após a intervenção. O valor das ações negociadas caiu a 20% da quantia previamente acertada. Ainda segundo o FGC, os vendedores já sabiam que os papéis teriam forte desvalorização". Outra possibilidade é de que o cotista seja ligado aos ex-controladores. O o FGC cobrou R$ 113 milhões do Morgan Stanley pela operação, quer que o dinheiro seja devolvido para ajudar a cobrir o rombo no banco brasileiro. A operação de venda das ações foi realizada para atender a uma regra da Bolsa que exige a circulação de pelo menos 25% das ações no mercado. Naquele momento, o Cruzeiro do Sul só tinha 18,08% de suas ações em circulação.

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