segunda-feira, 4 de junho de 2012

Navios paraguaios abandonados no Cais Mauá já estão sendo desmontados em Porto Alegre

Ferrugens espalhadas em mais de três dezenas de tonéis e peças gigantescas acomodadas no chão do armazém C-6 do Cais Mauá, em Porto Alegre, são sinais de que logo a visão do porto da capital gaúcha ficará livre a imagem dos navios sucatas paraguaios atracados no local há anos. Os navios cargueiros paraguaios General Bernardino Caballero e o Mariscal José Felix Estigarribia foram arrematados pela empresa Rio Sul Comércio de Aros e Metais por mais de R$ 1 milhão. O prazo para a retirada termina em setembro, cumprindo os 120 dias estabelecidos no edital do leilão. A aceleração do trabalho depende de uma licença ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O trabalho começou há 45 dias, principalmente, no General Bernardino Caballero. Foi realizada a limpeza interna. Ao todo, cerca de 200 toneladas de material já foram retiradas, como tampas dos porões e bobinas de cabo de aço. As operações de desmanche foram intensificadas na semana passada, quando cinco funcionários de uma empresa terceirizada trabalhavam no desmonte. A idéia é de que nos próximos dias a equipe triplique de tamanho e passe a operar com seis maçaricos, responsáveis pelos cortes das peças do navio. A ideia da empresa detentora dos barcos é de que agora se iniciem as mudanças mais sensíveis, que poderão serão observadas por quem passa pela região da rodoviária da Capital. Um guindaste está agendado para fazer a retirada dos equipamentos superiores nesta terça-feira. Depois de finalizado o prazo de 120 dias para o desmanche, os cascos devem ser rebocados para local ainda não definido. O material retirado é vendido para uma siderúrgica. A ideia da empresa é de reaproveitar apenas parte do casco para a construção de uma nova embarcação — explicou Vinícius Krieck, gerente da Rio Sul e supervisor da obra de desmanche. As embarcações foram abandonadas pelo governo paraguaio no Porto de Porto Alegre há cerca de 15 anos, após a Marinha do Brasil detectar problemas na segurança para navegação.

Nenhum comentário: