terça-feira, 19 de junho de 2012

No dia da estreia da novela “Gabriela”, Maluf não quis ser Glorinha, a rapariga de Lula, e exigiu tratamento dispensado a senhoras de respeito

Do jornalista Reinaldo Azevedo - Estréia nesta segunda-feira o remake da novela “Gabriela”. Como todos os moleques da minha idade, também era fascinado por Sônia Braga na novela original. Mas outra personagem mexia mais com a minha imaginação solitária: Glorinha, então vivida por Ana Maria Magalhães. Era a rapariga do coronel Coriolano. Ele mantinha a sua mulher oficial confinada numa fazenda de cacau e comprou uma casa para a moça da cidade. Glorinha fazia uma exigência ao “painho”: que a deixasse ficar na janela, onde exibia sua… exuberância irracional. Não podia sair de casa nem ir à missa, porque aí já seria desafio excessivo ao decoro. O Brasil tem uma certa tradição de fazer da puta caminho da ascese espiritual. Glorinha acaba atraindo a atenção do intelectual virgem da cidade, o “professor” — na novela original, se não me engano, é Marco Nanini. Não vou revelar o desfecho para quem não viu ou não lembra. Pois bem! O comando do PT até queria Maluf como a Glorinha do coroné Lula. Pode ficar na janela, pode se mostrar, mas nada de querer ir à igreja ou destilar nos ambientes de gente decente. Rapariga é repariga! Ocorre que a Glorinha do PP não aceitou a proposta: “Se for assim, então não dou mais meu tempo; eu quero é casar, de papel passado, aos olhos de todos, com imprensa documentando tudo”. MALUF EXIGIU QUE LULA FOSSE À SUA CASA E POSASSE PARA FOTOGRAFIAS. A própria assessoria do Babalorixáde Banânia conforma informação. O PT teve de aceitar. Afinal, o governo federal já havia cumprido a sua parte e cedido uma secretaria do Ministério das Cidades para Maluf. Perto de fazer 82 anos, o ex-governador biônico também está interessado em lavar a sua biografia. E a lavanderia petista serve também para isso.

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