quarta-feira, 27 de junho de 2012

OEA decide enviar missão ao Paraguai

A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu enviar ao Paraguai uma missão para investigar o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, deposto no último dia 22. A decisão não foi fruto de consenso entre os representantes dos 34 países da organização, mas uma iniciativa do seu secretário-geral, o esquerdopata chileno José Miguel Insulza. Incluindo o Paraguai, apenas 16 países apoiaram a medida, a ser conduzida entre os dias 30 de junho e 3 de julho. Na sessão desta terça-feira do Conselho Permanente da OEA, composto pelos embaixadores, nenhum país reconheceu como legítimo o novo presidente paraguaio, Federico Franco. Liderados pela Nicaragua, sete países defenderam o retorno de Lugo. O grupo exigia também a condenação, pela OEA, do "golpe parlamentar de Estado" e a suspensão do Paraguai da OEA enquanto essas medidas não forem aplicadas. Isso significaria, por exemplo, o bloqueio do acesso de Assunção aos financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em claro questionamento da posição política do Conselho Permanente da OEA, a Argentina somou-se ao grupo da Nicarágua, mas insistiu na convocacão de uma reunião extraordinária de chanceleres, a chamada Assembléia-Geral. Os Estados Unidos desapareceram no debate, depois de mencionar a decisão de Franco de promover as eleições presidenciais marcadas para agosto de 2013. O Canadá e o Peru foram igualmente neutros ao defenderem o cuidado para não se tomar medidas prematuras. O Brasil não se alinhou a nenhum dos pólos: nem ao envio da missão da OEA, nem à condenação do Paraguai por suposta promoção de um golpe de Estado.

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