segunda-feira, 25 de junho de 2012

Petrobras condiciona plano de negócios a fim de subsídios

O plano de negócios da Petrobras, que prevê investimentos de 236,5 bilhões de dólares entre 2012 e 2016, está condicionado à paridade dos preços internos com os externos, ou seja, ao fim do subsídio indireto que o Brasil dá aos combustíveis. Ou seja, já é um plano meia boca, feito para não ser cumprido, porque os governos petistas, assim como os anteriores, sempre usaram a Petrobrás como meio para controlar a inflação, segurando os preços dos combustíveis. Foi o que indicou nesta segunda-feira a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, em uma apresentação do projeto a investidores. "O plano aprovado pelo conselho diretor tem como orçamento a paridade com os preços internacionais", destacou a executiva. Apesar da alta das cotações internacionais do petróleo nos últimos anos, o Brasil manteve congelados os preços dos combustíveis no mercado interno para controlar a inflação. Esse subsídio indireto causa perdas à empresa, que importa óleo cru a preços internacionais e vende derivados conforme os preços fixados pelo governo. Os prejuízos aumentaram nos últimos meses porque, diante do forte aumento do consumo interno, a Petrobras teve de expandir suas importações de petróleo e derivados de 500 mil barris diários, no início de 2011, para cerca de 800 mil barris diários, em maio passado. Diante desta quadro, a estatal anunciou na sexta-feira passada um reajuste de 7,83% dos preços da gasolina e de 3,94% no caso do óleo diesel. O reajuste não foi suficiente para alcançar a paridade desejada pela Petrobras.

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