segunda-feira, 25 de junho de 2012

Policiais rebelados impedem passeata a favor do ditador indio cocaleiro Evo Morales na Bolívia

Policiais amotinados atiraram gás lacrimogêneo contra partidários do ditador da Bolívia, o índio cocaleiro Evo Morales, nesta segunda-feira, quarto dia de protesto dos agentes que reivindicam melhores salários, pedido que, para o governo, encobre uma tentativa de conspiração. O confronto ocorreu perto da praça Murillo, em La Paz, onde ficam as sedes do governo e do Congresso. Acuado pelo motim policial e por uma marcha de indígenas contrários à construção de uma rodovia amazônica, o índio cocaleiro Evo Morales descartou recorrer às Forças Armadas para impor a ordem. "O presidente acompanha de perto os acontecimentos e mantém sua decisão de obter uma solução pela via democrática, evitando qualquer derramamento de sangue", disse a ministra da Comunicação, Amanda Dávila. Os bancos, que haviam fechado parcialmente na sexta-feira por causa do motim policial, retomaram o atendimento, em alguns casos com seguranças privados. O policiamento de tráfego, a segurança de edifícios e as patrulhas, entre outros serviços policiais, permanecem paralisados, segundo testemunhas. À paisana e encapuzados, os amotinados bloquearam os acessos à praça central, atirando gás lacrimogêneo contra camponeses, dirigentes sindicais e comunitários que pretendiam se instalar diante do palácio presidencial para uma vigília de apoio ao índio cocaleiro Evo Morales. No domingo, uma aparente maioria dos sublevados rejeitou um acordo que os líderes do protesto haviam assinado com o governo e com a cúpula da polícia. Rádios locais relataram uma grande adesão à greve entre suboficiais e policiais de baixa patente no país inteiro. "Vamos continuar nossa luta, não queremos migalhas, e sim uma real equiparação de salários com os dos militares", disse Guadalupe Cárdenas, líder de uma associação de esposas de policiais que assinou o acordo com o governo e depois voltou atrás.

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