quarta-feira, 6 de junho de 2012

Relator defende que Conselho de Ética investigue deputado federal comunista Protógenes Queiroz

Relatório preliminar apresentado nesta quarta-feira pelo deputado federal Amauri Teixeira (PT-BA) defende que o Conselho de Ética da Câmara investigue se houve quebra de decoro parlamentar do deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) por ligação com o grupo do empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira. Protógenes é integrante da CPI do Cachoeira instalada pelo Congresso para investigar as relações do empresário com políticos e agentes privados. O deputado foi alvo de representação do PSDB depois que gravações feitas pela Polícia Federal indicaram sua proximidade com Idalberto Matias Araújo, o Dadá, apontado como integrante do grupo de Cachoeira. Pessoas ligadas ao empresário procuraram Protógenes para tentar barrar uma investigação contra a empreiteira Delta em Goiânia, no ano de 2009. Em seu parecer, Teixeira admite a representação do PSDB e aponta que "há indícios suficientes que revelam ter o representado se portado de forma incompatível com o decoro parlamentar, justificando a instauração de processo ético-disciplinar". E completou: "um parlamentar não pode agir como tudo indica tenha agido o deputado, mantendo relacionamento próximo com um notório contraventor e, pior, o auxiliando diante das investigações levada a cabo pela Polícia Federal". Na avaliação do relator, os fatos são "consistentes, graves e requerem imediata apuração em processo ético-disciplinar", aponta no texto. O parecer do petista deve ser votado na terça-feira pelo conselho. Se for aprovado, o relator terá um prazo de 90 dias para investigar o caso, ouvindo testemunhas e o deputado, além de analisar material dos inquéritos da Polícia Federal.

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