terça-feira, 12 de junho de 2012

Senado tenta retirar nome de Filinto Muller de ala na Casa

Senado tenta retirar nome de Filinto Muller de ala na Casa O Senado deu o primeiro passo para retirar de uma de suas alas o nome de Filinto Muller, ex-senador que foi chefe de polícia durante a ditadura Vargas, responsável por torturas praticadas no período. A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta terça-feira projeto que extingue o nome da ala, mas deixa em aberta a indicação de quem vai futuramente substituí-lo. Autor do projeto, o PT sugeriu o nome de Luiz Carlos Prestes, mas por resistência de alguns senadores, o texto acabou aprovado sem a indicação do futuro nome do espaço. Defensora do nome de Prestes para a ala, a senadora Ana Rita (PT-ES) disse que o Senado deveria aprovar o projeto especialmente quando o Brasil "se empenha em esclarecer os fatos obscuros que mancham a história da democracia no País". Para garantir a aprovação do projeto, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) apresentou voto em separado retirando o nome de Muller, mas sem indicar Prestes como seu substituto. Para Arruda, a retirada do nome de Muller já é um avanço no momento em que o País discute os crimes cometidos durante a ditadura militar. "A proposição aqui analisada está em consonância com esta quadra da história brasileira, em que se instituiu uma Comissão Nacional da Verdade destinada a examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos", disse o senador. O nome de Muller ganhou repercussão também com a prisão de Olga Benário, judia e espiã de Stalin, a mando da 3ª Internacional, mulher de Prestes, que estava grávida quando foi deportada para a Alemanha, onde acabou executada em um campo de concentração. Filinto Muller morreu em desastre da avião da Varig perto da cabeceira do aeroporto de Orly, em Paris. A alma de Elza Fagundes, que Prestes mandou assassinar, permanece torturada.

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