terça-feira, 10 de julho de 2012

Alberto Kopittke, candidato a vereador preferido do Palácio Piratini, tem militar acusado de assédio sexual em sua campanha

O advogado petista Alberto Kopittke, ex-secretário de Segurança da prefeitura de Canoas, e também ex-dirigente da Secretaria Nacional de Segurança Pública, durante a gestão do peremptório Tarso Genro no Ministério da Justiça, é agora candidato a vereador em Porto Alegre, concorrendo pelo PT, e recebendo todo o apoio do Palácio Piratini. Ele tratou de arranhar logo o máximo de membros da Brigada Militar do Rio Grande do Sul para a sua campanha. E não pediu ficha limpa para ninguém. Um dos participantes ativos em sua campanha é o capitão bombeiro Isandré Antunes. Veja na foto o advogado petista Alberto Kopittke abraçado ao capitão Antunes. Isso aconteceu no jantar para lançamento de um livreto de campanha de Kopittke, ocorrido no dia 28 de junho, a partir das 19 horas, no Chalé da Praça XV, no centro de Porto Alegre. Este capitão Isandré Antunes estava na Força Nacional de Segurança, em Brasília, quando Alberto Kopittke era um dos chefões da área no governo Lula. O "livreto" lançado por Alberto Kopittke leva o título "A cidade pode vencer a violência". Kopittke se diz um defensor dos direitos humanos. Certamente, também dos direitos das mulheres, entre eles o direito de não sofrer assédio sexual. Mas, não parece muito exigente quanto às pessoas em sua campanha. Lá está o capitão Isandré Antunes. No dia 29 de novembro de 2009, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte matéria: "Capitão sofre acusação de assédio sexual - Uma investigação de assédio sexual envolvendo integrante da cúpula da Força Nacional de Segurança e sua mulher foi concluída no último dia 19 com o afastamento dos acusados, das supostas vítimas e do oficial que comandou a sindicância. O diretor substituto da Força Nacional de Segurança, major Luciano Carvalho de Souza, da PM do Rio, foi exonerado após concluir sindicância que acusou de assédio sexual o capitão Isandré Antunes, da Brigada Militar do RS, assessor de Recursos Humanos da Secretaria Nacional de Segurança (Senasp), do Ministério da Justiça. Antunes trabalhava no gabinete do secretário nacional de Segurança, Ricardo Balestreri. O capitão e a mulher, soldado Luciana Butke, foram acusados de assédio sexual pela soldado Rosilaine Souza, da PM do Tocantins, e pelo namorado, o tenente Carlos Palaoro, da PM do Espírito Santo. O assédio, segundo a sindicância, ocorreu entre março e maio, época em que Rosilaine sugeriu a transferência de Palaoro para Brasília, onde ela trabalhava, para integrar a Força Nacional. Como contrapartida, Luciana Butke sugeriu encontro sexual a três - ela e o marido com a policial. Segundo comunicação de Rosilaine à Força, a colega passou a pressioná-la, condicionando a transferência do namorado ao sexo a três. Rosilaine e Palaoro foram afastados da Força Nacional no dia 19. De acordo com a assessoria da Senasp, o capitão Antunes e Luciana também. Em e-mail de Luciana a Rosilaine e ao marido em 7 de maio, ela detalha intimidades do casal na noite anterior e diz que ele estava excitado imaginando ter relações com a soldado. Segundo a mensagem, "ele (capitão Antunes) falou que vai correndo buscar teu namorado e que traz ele nas costas e entrega ele no teu colo de presente, depois saímos para jantar na maior educação e respeito, como se nada tivesse acontecido (aliás ele falou que nem te conhece, só quer teu corpo emprestado hehehe)". Segundo Rosilaine afirmou na sindicância, iniciada em 30 de julho, a colega a incitava constantemente a fazer sexo com seu marido e dizia que outros oficiais poderiam "dificultar a mobilização" de seu namorado. "Continuei negando, mas minha vida se tornou um inferno", diz a soldado. Depois, Rosilaine afirmou ainda ter sido ameaçada de ser mandada embora da Força Nacional. "Fiquei desesperada, angustiada, injustiçada e chegava em casa e só chorava por não achar justo o que estavam fazendo comigo", disse Rosilaine na sindicância interna. A chefe da ouvidoria da Força, tenente Simone, relata no procedimento ter sido "verificado" que a soldado "estaria sendo vítima de assédio sexual e constrangimentos por parte do capitão Isandré Antunes, chefe da Seção de RH, e que estava sendo intermediado pela esposa do mesmo, soldado Luciana Butke". Em comunicação à Força Nacional que deu início à investigação, Palaoro diz que a namorada "sofreu assédio sexual e constrangimentos por parte da soldado PM RS Luciana, que intermediou as vontades e desejos do seu esposo, capitão PM RS Antunes". O tenente escreve ter orientado a namorada a procurar a corregedoria, mas diz que ela afirmava que a corda "quebraria para o lado mais fraco". Antunes é assessor e próximo do subsecretário nacional de Segurança, capitão Aragon. A sindicância instaurada pelo major pediu o afastamento de Antunes, ato concluído na quinta da semana passada. O major autor da sindicância, coordenador-geral de Treinamento e Capacitação da FNS, foi exonerado dois dias antes". Como seria possível que Kopittke não soubesse das proezas sexuais do capitão bombeiro Isandré Antunes enquanto estava no Ministério da Justiça? E como é possível que não tenha sabido depois, quando o assunto ganhou publicidade máxima, com a publicação das matérias pela imprensa do centro do País? No dia 28 de novembro de 2009, a Folha de S. Paulo publicou esta outra matéria: "ACUSAÇÃO DE ASSÉDIO - Capitão entra com mandado contra o seu afastamento - DA SUCURSAL DO RIO - O capitão Isandré Antunes, afastado da Força Nacional após sindicância em que foi acusado de assédio sexual, entrará segunda-feira com mandado de segurança na Justiça Federal pedindo a responsabilização da Força Nacional por vazamento de informação reservada sobre o caso. Ele também quer a suspensão do processo administrativo-disciplinar que resultou em sua saída da Secretaria Nacional de Segurança Pública. O oficial da Brigada Militar do Rio Grande do Sul desempenhava a função de assessor de Recursos Humanos da Senasp. Foi acusado de, por intermédio da mulher -a soldado Luciana Butke-, condicionar a ida do namorado da soldado Rosilaine Souza, tenente Carlos Palaoro, para a Força Nacional, à realização de sexo. A advogada do oficial, Daniela Almeida, informou que seu cliente não comentará o assunto e que a sindicância ainda não teve decisão definitiva. O advogado de Luciana Butke, Luiz Roberto Lobo, confirmou que a cliente foi "desmobilizada" pela Força Nacional, mas alega que o fato não tem relação com a sindicância. O advogado disse que a ampla defesa foi cerceada e houve quebra de sigilos indevida -refere-se a acesso a sistema interno de troca de mensagens. Segundo ele, a acusação contra Luciana não foi provada. Segundo Lobo, Rosilaine aparece em conversas nos autos sugerindo encontros com o casal em troca da contratação do namorado".

Nenhum comentário: