segunda-feira, 9 de julho de 2012

CUT ameaça a democracia, vira milícia e avisa que vai às ruas exigir absolvição dos corruptos do Mensalão do PT

O novo presidente da peleguissima CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, diz que pode levar às ruas a força da maior central sindical do País para defender os réus do Mensalão do PT, que começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em agosto. "Não pode ser um julgamento político", disse Freitas: "Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas". Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT realizará nesta semana em São Paulo. A central nasceu como uma espécie de braço sindical do PT nos anos 1980 e a maioria dos seus dirigentes é filiada ao partido. Freitas disse temer que o julgamento do mensalão se transforme em mais um campo de batalha entre os petistas e seus adversários, e afirmou que isso poderia colocar em risco os avanços sociais conquistados pelo país após a chegada do PT ao poder. "Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores", disse o sindicalista: "Não queremos um País desestabilizado por uma disputa político-partidária, entre o bloco A e o bloco B. Se isso acontecer, a central não ficará de braços cruzados, a CUT é um ator social importante e não vai ficar olhando". Em 2005, quando o escândalo do Mensalão do PT veio à tona, a CUT reuniu 10 mil pessoas em Brasília para uma manifestação em defesa do governo Lula. O protesto foi organizado logo depois da queda do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos réus do processo no STF. No ano passado, foi numa plenária da CUT em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, lançou uma campanha para mobilizar militantes em sua defesa.

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