segunda-feira, 16 de julho de 2012

Desembargador é suspeito de privilegiar frigorífico

Investigação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça aponta “evidências” de que um desembargador e um juiz federal usaram seus cargos para favorecer um frigorífico acusado de sonegação e crimes tributários estimados em R$ 184 milhões. O desembargador citado é Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (com sede em São Paulo). Ele é suspeito de interferir no processo para desbloqueio de bens do frigorífico Torlim, decidido em 2011 pelo juiz Gilberto Rodrigues Jordan. O relatório assinado pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon, deve ser votado no próximo dia 30. Ele diz que o desembargador e o juiz podem “de fato ter agido com violação dos deveres impostos aos magistrados” e “de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções”. A sindicância do Conselho Nacional de Justiça foi aberta em maio de 2011, depois de o Ministério Público Federal pedir investigação. Ela solicitou informações dos tribunais, ouviu investigados e juntou a apuração da Corregedoria do próprio Tribunal Regional Federal. Documentos da sindicância sigilosa revelam relações entre Nery Júnior e Sandro Pissini, dono do escritório de advocacia contratado em 2008 pelo Grupo Torlim para defesa em processo em Ponta Porã (MS).

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