terça-feira, 3 de julho de 2012

Dinheiro apreendido com os "aloprados do PT" vai para os cofres públicos

A Justiça Federal determinou que sejam depositados nos cofres públicos os 1,2 milhão de reais e 248.800 dólares apreendidos em 2006 pela Polícia Federal com os chamados “aloprados do PT”. O dinheiro, encontrado com dois membros do PT nas vésperas da eleição daquele ano, seria usado para a compra de um dossiê fajuto que pretendia comprometer os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin e José Será, com a organização criminosa que ficou conhecida como a “máfia dos sanguessugas”. A denúncia, proposta pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso contra nove pessoas por crime contra o sistema financeiro nacional, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, é resultado de quase seis anos de investigação. A Justiça também determinou que a quantia apreendida em dólar seja convertida pelo Banco Central e o valor atualizado pela Caixa Econômica Federal. O processo tramita na 7ª Vara da Justiça Federal. Em 15 de setembro de 2006, a Polícia Federal prendeu dois petistas que tentavam negociar um falso dossiê para envolver no caso dos sanguessugas os tucanos José Serra, então candidato a presidente, e Geraldo Alckmin, que disputava o governo de São Paulo. O escândalo, que o então presidente Lula atribuiu a um “bando de aloprados”, atingiu em cheio o adversário de Alckmin na corrida eleitoral, Aloizio Mercadante: Hamilton Lacerda, seu secretário de Comunicações, foi filmado entrando com uma mala de dinheiro no hotel Ibis, na frente do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde a transação seria feita. Na mala tinha 1,7 milhão de reais.

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