domingo, 8 de julho de 2012

Foro de São Paulo chega ao fim em Caracas declarando apoio ao ditador Hugo Chávez

O congresso do Foro de São Paulo terminou na sexta-feira, três dias de deliberações em Caracas com um respaldo ao ditador da Venezuela, Hugo Chávez, que tentará mais uma reeleição em 7 de outubro, mediante um " plano de ação" para apoiar sua campanha, "sustentar" sua vitória e "derrotar a direita". Representantes de partidos de esquerda mundial encerraram seus encontros com a denominada "Declaração de Caracas", de 41 pontos, além de um pedido ao Equador para que conceda asilo político ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, e da declaração de sua solidariedade a Chávez e à revolução bolivariana. "Concretizamos um plano de ação de solidariedade de todos os nossos partidos, movimentos e organizações, não somente para respaldar a campanha, mas também para sustentar a vitória e derrotar a direita.", disse o secretário-executivo do foro, o petista brasileiro Valter Pomar, ao ler uma das resoluções aprovadas para apoiar Chávez. Pomar anunciou que no próximo dia 24, quando se completam 229 anos do nascimento do libertador Simón Bolívar, será celebrado um "dia de solidariedade mundial" ao governante venezuelano e a sua revolução. Além disso, em agosto haverá um "'tuitaço' mundial em favor de Chávez". Os participantes do foro também alertaram sobre um "plano da extrema-direita nacional e internacional destinada a desacreditar os resultados eleitorais de 7 de outubro" na Venezuela. "Eu agradeço muito ao Foro de São Paulo por sua declaração de apoio à democracia venezuelana, porque é preciso recordar, eles têm um plano, o plano B, nós temos o Ch", afirmou Chávez em seu prolongado discurso. A "Declaração de Caracas" manifestou, igualmente, "seu compromisso, solidariedade e total apoio" ao presidente do Equador, Rafael Correa, que concorrerá à reeleição em fevereiro de 2013, e à candidatura à presidência de Honduras da esposa de Zelaya, Xiomara Castro. Por outra parte, o documento, intitulado "Os povos do mundo contra o neoliberalismo e pela paz", rejeitou as acusações formuladas contra o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, no Paraguai, e assinalou a "derrocada" do presidente Fernando Lugo. O texto também saiu em defesa da democracia no México, ao acusar a "direita" de "manipulação midiática com pesquisas armadas, compra de votos em massa e outros tipos de fraudes que distorceram a eleição presidencial" de 1º de julho. Por fim, a declaração que se uniu à reivindicação argentina pelas Ilhas Falklands, fez menção a Unasul, Celac e Alba, assim como a Porto Rico, entre outros pontos.

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